N, N-Diisopropiltriptamina

Use-me para fazer as vozes dos outros soarem mais baixas. Que molécula eu sou?
N, N-Diisopropiltriptamina (DiPT) é uma substância alucinógena sintética. É um derivado do aminoácido triptofano e está intimamente relacionado com a N, N-dimetiltriptamina1 (DMT) de ocorrência natural e amplamente proibida.
O bioquímico americano Alexander T. Shulgin, o “padrinho dos psicodélicos”, sintetizou e experimentou DiPT em 1980.
Shulgin publicou dois métodos para sintetizar DiPT como seu cloridrato. No primeiro, ele combinou indol com cloreto de oxalila para formar um intermediário de cloreto de acila, que foi tratado com diisopropilamina para formar indol-3-il-N, N-diisopropil glioxil amida. Este produto foi então reduzido com hidreto de alumínio e lítio para formar DiPT ∙ HCl.
Na segunda síntese, mais direta, Shulgin tratou a triptamina com iodeto de isopropila na presença de uma amina terciária. A base livre bruta DiPT foi acidificada com cloreto de hidrogênio anidro para formar o sal de HCl.
DiPT é diferente de todas as outras substâncias psicodélicas, pois produz efeitos principalmente auditivos. Em doses moderadas a altas, diminui o tom dos sons percebidos.
Na experiência de Shulgin quando ele ingeriu 25 mg: “A voz da minha esposa é baixa, como se ela estivesse resfriada – meus ouvidos com uma leve pressão, como se os meus tubos estivessem entupidos, mas não estão. As vozes do rádio são todas baixas, a música desafinada. Piano soa como um desastre de bar. O telefone tocando soa parcialmente debaixo d’água. Em mais algumas horas, a música voltou ao normal.”
DiPT não é uma substância controlada programada nos Estados Unidos, embora seu derivado de 5-metoxi (também conhecido como “foxi metoxi”) seja ilegal. A posse de DiPT, no entanto, poderia possivelmente ser processada de acordo com a Lei Analógica Federal.
Produto da American Chemical Society
Traduzido por Giuliane Fuzetto, arte por Mileide Barbosa e revisão por Milene Barbosa.

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